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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua - Crítica

“Agora a luta será de vocês.”


Quando se cai no chão, só há duas opções: ou tentar se levantar ou permanecer no chão. Michael Bay e seu Transformers 2 caíram de cara no chão. Caberia saber se a terceira parte tentaria se reerguer e apresentaria algo mais coerente ou se continuaria na mesma baboseira sem nexo. O resultado?  Algo meio a meio.

Na trama, os Autobots estão trabalhando para o governo, enquanto que Sam é deixado de lado, vivendo uma vida chata, em busca de emprego e sustentado pela nova namorada. Quando eventos provenientes da corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética são expostos, Autobots e Deceptions se mostram interessados no que tais informações podem trazer. Entre tais informações, se encontram segredos da antiga terra dos robôs, Cybertron.

É claramente visível um maior esforço em busca de algo concreto para criar uma narrativa coesa. Utilizar um fato histórico real é um bom artifício para criar uma nova história, mesmo que tal evento seja ignorado perto da metade do filme. O que, no começo, parecia criar uma boa atmosfera para um desenvolvimento ao longo de 157 minutos, é deixado de lado para outras duas tramas, bem simplórias, ganharem foco.


Mas tal esforço se mostra raso. Se aprofundar a visão, é possível ver que toda a coerência que existe só está ali para ligar uma cena de ação com a proveniente. Não há muitos diálogos com propósito durante o filme, tirando os que tentam explicar o porquê todo o caos está acontecendo. Ainda assim, eles não ajudam muito no desenvolvimento da história.

Filmado totalmente com câmeras 3D, a técnica se mostra muito competente. Usada com inteligência para criar uma profundidade de campo bem ampla, onde tudo se mostra grandioso, desde cenários (como um traveling que tem no terceiro ato para demonstrar a amplitude da destruição do local), como também para mostrar a diferença de tamanhão entre os pequenos humanos e os grandes robôs.

Mas, além disso, o 3D se mostra eficiente num outro quesito: segurar Michael Bay. Acostumado a cortes frenéticos a cada segundo para mostrar ângulos diferentes de uma mesma explosão sem necessidade, a nova tecnologia freia essa necessidade do diretor. Caso tal costume fosse utilizado, muitas pessoas passariam mal, além de continuarem sem entender o que está acontecendo em tela. E como tal tecnologia exige cenas mais longas, o diretor aproveitou-se de slow motions e travelings. E não há como se negar que tais escolhas se mostraram muito mais competentes, uma vez que, principalmente nas cenas de ação e luta metálica, é possível entender o que está acontecendo em tela.


A computação gráfica, que ficou à cargo de ILM (Industrial Light and Magic) se mostra incrivelmente bem feita. Visualmente, o filme é deslumbrante. Os Autobots e Deceptions estão cada vez mais críveis, cheios de detalhes durante a transformações de carros para máquinas, explosões que enchem os olhos. Nesse quesito, o filme é perfeito.

Shia LaBeouf continua sendo o personagem principal, o que conduz a trama. O ator está bem no papel, condizente com o que foi nos anteriores. Rosie Huntington-Whiteley surge como a nova namorada e consegue ser mais convincente que Megan Fox.A química entre o casal se mostra mais afável, mais sensata. O elenco secundário é muito bem gabaritado, com figuras como Frances McDormand, John Turturro e John Malkovich (que se diverte no seu papel). Surge até Ken Jeong (Mr. Chou de Se Beber Não Case) fazendo o que ele faz de melhor: caretas.

A ação do filme é muito competente e empolgante. E Isso chega ao máximo no terceiro ato, com mais de quarenta minutos de brigas, explosões e correria. É tanta ação que chega a dar certo cansaço. Não estou falando que é ruim, pelo contrário. É muito bom, o problema é que é demais. Muita coisa poderia ter sido cortada.


Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua é um filme de ação desenfreada, que joga gags e momentos engraçadinhos um em cima do outro. A tridimensionalidade é excelente e agrega ao que é visto em tela. A sensação de urgência e falta de esperança é visível, mas continua faltando algo para que o filme alcance um nível a mais. Talvez um melhor desenvolvimento na história.


“Love boy toy.”


Transformers – Dark of the Moon, Ação/Ficção Científica, EUA 2011. Direção: Michael Bay. Elenco: Shia LaBeouf, John Turturro, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, Rosie Huntington-Whiteley, Patrick Dempsey, Kevin Dunn, John Malkovich, Frances McDormand, Ken Jeong, Leonard Nimoy e Peter Cullen. 

sábado, 4 de junho de 2011

X-Men: Primeira Classe - Crítica

“Mutante com orgulho.”


Após a ótima trilogia inicial (o terceiro é bom, mesmo com alguns vacilos) e um péssimo e vergonhoso Wolverine: Origens, é notável que a crença em torno dessa pré-continuação não fosse uma das melhores. Muita gente não apostava nesse novo filme, nesse prequel mostrando eventos anteriores à trilogia. Mas aí que reside a força do filme.

A trama começa na década de 40, com um jovem Erik Lehnsherr (o Magneto) no campo de concentração nazista, quando ele é pego por Sebastian Shaw (Kevin Bacon) por conta de seus poderes. Anos depois, já na década de 60, Erik é um homem rancoroso que só tem como objetivo perseguir Shaw e matá-lo. Nesse contexto, ele acaba encontrando outro mutante: Charles Xavier (James McAvoy). Juntos, eles são recrutados por uma agente da CIA para tentar impedir Shaw, que tem planos de iniciar uma crise entre os Estados Unidos e a União Soviética.


O roteiro, escrito por Zack Stentz e Ashley Miller, se utiliza de um pano de fundo real para moldar uma história cativante, com mutantes, mas ainda assim real. Desde o primeiro instante, é crível que possam existir seres com poderes sobre humanos convivendo num mundo real. Além disso, o filme, mesmo tendo cenas de ação (que falarei logo abaixo), se foca mais nos personagens, na construção desses. É isso gera um envolvimento ímpar por parte do espectador: cada personagem é bem construído e faz com que você se importe com ele (não todos, diga-se de passagem).

A principal voga do filme fica por conta da aceitação e do preconceito, temas tão presentes, não só na trilogia, como também nos próprios quadrinhos dos X-Men. Sempre há um diálogo, paira no ar que eles são uma pária, são seres excluídos de uma sociedade preconceituosa. E esse tema fica escancarado na personagem da Mística (Jennifer Lawrence). A própria mulher, sabendo como é a sociedade, se esconde numa aparência dita como aceitável, ao invés de se mostrar na real forma. Ela é alguém que não é por preconceito de todos, e de certa forma, dela mesma.


O personagem Xavier é interpretado por James McAvoy como um jovem com prazer pela vida, alegre, divertido e que faz gracejos para mulheres. Essa total diferença para o futuro sério e compenetrado Professor X gera, a uma primeira vista, uma graça ao personagem. Graça que, ao longo da trama, se torna carisma pelo personagem, muito bem interpretado por McAvoy.

Do outro lado da moeda, encontra-se Erik. Michael Fassbender tinha em suas mãos a árdua tarefa de viver um personagem complexo e querido pelos fãs, anteriormente interpretado magnificamente por Sir Ian McKellen. E ele não faz feio, muito pelo contrário. O ator entrega um jovem Magneto obcecado pelo ódio, mas em momento algum você o transforma em vilão. Suas atitudes podem parecer más, mas como condená-las quando você entende o motivo de tamanha raiva? A complexidade do personagem é imensa. Tendo vivido na pele o preconceito do Holocausto, essas experiências moldam o caráter do personagem de uma maneira que o faz se tornar cada vez mais frio com a humanidade.


E esse contraponto entre os personagens de Erik e Xavier enriquece ainda mais a trama. Você entende o lado de cada um, entende os argumentos que eles apresentam. Mas não consegue tomar partido de nenhum dos lados. A amizade dos dois é construída de uma forma tão boa, que eventos posteriores dos outros filmes se tornam mais brilhantes ainda devido a essa amizade anterior. Até a personalidade deles sempre entram em atrito devido ao que ambos passaram pela vida: a alegria e paixão do rosto de Xavier sempre contrastam com a fúria e amargura da face de Erik.

Mesmo com dois personagens tão bem desenvolvidos, cada qual com seu lado, o filme precisa de um vilão. E aqui coube a Kevin Bacon entregar um Sebastian Shaw, um vilão excêntrico e cheio de personalidade. Pelos olhares, pelas faces do personagem, você sabe o quão perigoso ele é e quão ardiloso ele pode ser. Sensacional atuação de Bacon.


Responsável por Kick-Ass e Stardust, o diretor Matthew Vaughn dirige com maestria esse prequel. Ele utiliza planos que contrastam (a cena inicial de Erik com Shaw, que ao começo parece normal, se torna mais crítica do que parece por uma simples troca de visão), planos curiosos (Erik e o banqueiro), planos que remetem diretamente ao formato dos quadrinhos (a divisão da tela durante os treinamentos) e um movimento de câmera com uma moeda que demonstra, além do sofrimento, a clara ruptura de qualquer laço entre dois personagens, que cada um seguirá um caminho.

A ação do filme é dosada. Não há aquela urgência de ter em tela personagens super poderosos trocando socos e esferas de energia. Mas quando essas cenas aparecem, elas são extremamente competentes e empolgantes, como o caso do terceiro ato, com a crise e tensão em cena. Mas ainda nesses momentos, os diálogos se tornam mais prazerosos que a ação.


Ainda há tempo para um humor descontraído e sem parecer forçado, que fica à cargo dos mutantes novatos, sempre com alguma piada na ponta da língua. Todos os novatos têm seu tempo em tela, tem seu desenvolvimento, tirando alguns (e um que não precisa estar lá).

X-Men: Primeira Classe é um grande filme de super-heróis. Deixa o universo mutante mais rico e vasto, tem ação no momento certo, humor sem excesso e uma trilha sonora que completa o filme. Com o foco claro nos personagens, o filme resgata com maestria conceitos do próprio quadrinho e entrega um produto acima do esperado.


“Peace was never na option.”


X-Men: First Class, Ação/Aventura, EUA 2011. Direção: Matthew Vaughn. Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Rose Byrne, Jennifer Lawrence, Beth Goddard, Morgan Lily, Oliver Platt, Álex González, Jason Flemyng, Zoë Kravitz, January Jones, Nicholas Hoult, Caleb Landry Jones, Edi Gathegi, Corey Johnson, Lucas Till, Laurence Belcher, Bill Milner.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas - Critica

“Senhores, a Fonte é o prêmio.”


Capitão Jack Sparrow está de volta. Em Londres, ele está tentando resgatar um velho amigo da forca. Mas quando alguns pormenores atrapalham o resgate, Jack fica sabendo que alguém está usando seu nome para recrutar marujos. E ele encontra um antigo romance, Angelica. Pego de supetão, Jack terá que colaborar com Angelica e seu pai, o temido Barba Negra, para chegarem à fonte da juventude. Mas eles não são os únicos atrás da fonte, uma vez que Barbossa e os espanhóis também querem chegar até a fonte, cada qual com seu propósito.


A dupla de roteiristas Terry Rossio e Ted Elliot descartam praticamente todos os personagens da trilogia. Keira Knightley e Orlando Bloom estão fora, aquela dupla de piratas desastrados também. Até o Perola Negra, o navio de Jack Sparrow, mal dá as caras direito. Os únicos que voltam, além de Jack, é o Mr. Gibbs (interpretado por Kevin McNally) e Barbossa (interpretado por Geoffrey Rush).


Todo o resto da turma de piratas é nova. Entra Ian McShane como o temido Barba Negra e a bela Penélope Cruz como Angelica. E juntos com Jack, são eles que conduzem a trama. E com a saída do casal Keira/Orlando, quem entra para preencher a vaga deixada em aberto são Sam Claflin como o religioso Philip e Astrid Berges-Frisbey como a sereia Serena. O problema é que esse casal não convence em momento algum e chega a ser maçante ver as cenas que o amor deles é desenvolvido. Se já nos anteriores a parte com o outro casal era meio entediante, aqui a situação chega a ser pior.


Depois do desastre que foi o longo, longo e confuso terceiro capitulo (No Fim do Mundo), a quarta parte decide dar um reboot na saga e se focar na grande estrela do filme: Johnny Depp e seu carismático Jack Sparrow. Mesmo que suas cenas sejam as melhores do filme, não tem como negar que deixar todo o peso de um longa em apenas um ator seja algo perigoso. E esse filme tropeça nesse aspecto. Todas as demais cenas do filme tornam o mesmo cansativo e sem nenhuma tensão.


Todos estão em busca da Fonte da Juventude, mas em nenhum momento você sente que há realmente uma corrida para chegar à fonte. Os espanhóis, que aparecem bem no comecinho do filme, são ignorados pelo restante do filme para, perto do final, retornarem para um único propósito. É algo que ficou tão mal encaixado na trama que poderia muito bem ter sido deixado de lado.


As cenas de ação então são boas? Algumas sim, outras não. O começo do filme, com o plano de Jack funciona muito bem e é prazeroso assistir como ele faz para conseguir realizar a proeja de escapar dos guardas. Mas tirando essa cena, as demais de ação são bem entediantes e nada empolgantes.


Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas poderia ser um bem vindo reboot à saga. Mas os elementos ruins se sobressaem aos parcos bons momentos e a aventura que deveria ser prazerosa, divertida e empolgante, no final das contas se torna mais longa do realmente parece. Assim como os outros filmes da franquia, vai fazer sucesso (ainda mais por conta do 3D – dispensável) e o público em geral vai amar. Com bastante cenários escuros, sem nada que remeta à trilogia, falta de personagens carismáticos, romance forçado e não crível, cenas de ação desempolgantes, é um filme superior ao terceiro, mas inferior ao primeiro. Irá agradar aos fãs de Capitão Jack Sparrow. Os quais não são minoria.

E prepare sua bandeira, porque um quinto filme muito provavelmente vem aí. E fiquem até os créditos terminarem. Como sempre, há uma cena extra.


“This is the Jack I know.”


Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, Aventura/Ação, EUA 2011. Direção: Rob Marshall. Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Sam Claflin, Astrid Bergés-Frisbey, Kevin McNally, Keith Richards, Oscar Jaenada, Richard Griffiths, Stephen Graham.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Padre - Critica

“Ir contra a Igreja é ir contra Deus.”


Veja o prólogo animado do filme abaixo.


A trama começa justamente após esses eventos. Um padre, ao saber que sua sobrinha foi sequestrada por vampiros, sai em busca dela. Mas isso vai contra seus votos e contra a Igreja. E essa manda outros padres para mata-lo. E começa a caçada: o padre atrás da sobrinha e seus companheiros atrás dele.


Baseada numa HQ sul-coreana de Hyung Min-Woo, a história não consegue empolgar. Mesmo tendo um início promissor, lá para a metade do filme, tudo é deixado de lado apenas para ter apenas as perseguições. Toda a mitologia que teria grande potencial para ser desenvolvida é deixada para trás em prol de cenas de ação.


E as cenas de ação, que poderiam ser o ponto alto do filme, também não são. Elas são bem conduzidas, estilizadas, mas não empolgam. Os Padres, seres tão poderosos, quase não utilizam suas forças. E quando usam, os adversários não estão à altura. E isso inclui o vilão do filme, que poderia ser extremamente poderoso devido ao que acontece a ele, morre de um jeito bem pífio.


O diretor do filme é Scott Charles Stewart, o responsável pelo fraco Legião. Padre supera fácil a qualidade do filme anterior do diretor, mas ainda assim é fraco e não convence. O espectador não é sugado pela história e durante toda a trama, mesmo aparentando, não há aquela sensação de urgência que deveria ter.


Padre, também com cópias dispensáveis em 3D, é um filme que tinha um potencial que acabou não sendo explorado. Com cenas de ação que não agradam muito e uma história fraca, o resultado final é aquém de qualquer expectativa. Não atingiu a proposta e derrapou no final, que deixa um gancho para uma improvável continuação.


“Don´t scream.”


Priest, Ação, EUA 2010. Direção: Scott Charles Stewart. Elenco: Cam Gigandet, Karl Urban, Paul Bettany, Stephen Moyer, Brad Dourif, Lily Collins, Christopher Plumer e Maggie Q.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Velozes e Furiosos 5: Operação Rio - Critica

“Isso é o Brasil!”


Brian e Mia acabam de ajudar Dom, que estava indo para a cadeia. Com as autoridades em seu encalço, os três decidem se separar para, tempo depois, se encontrarem no Rio de Janeiro. Sem dinheiro para seguir em frente, Brian decide participar de um assalto, que acaba dando errado. Agora, os capangas de um executivo criminoso do Rio (junto com um grande contingente de policiais corruptos) estão atrás de Dom e Brian. E para complicar ainda mais a situação chega ao país Luke Hobbs, um agente americano que quer, a todo custo, prender Dom, Brian e Mia.


O roteiro claramente foca a ação nesse filme. Olhando de longe, é o que foi mais trabalhado de todos os cinco filmes. Mas isso quer dizer que ele é excelente? Comparando com os anteriores sim. A história, mesmo com falhas aqui e acolá, funciona. Cada vez, o roteirista Chris Morgan e o diretor Justin Lin vão abandonando mais o fetiche exacerbado pelos carros presentes nos outros filmes da franquia, e passam a focar em Dom e companhia. O único vislumbre do que a série costumava ser fica por conta de um racha que acontece numa cena.


Um dos problemas é que o titulo dos anteriores não vai mais fazendo sentindo aqui. Se antes o negócio era realmente algo voltado para velozes, com rachas a todo instante, aqui isso é deixado de lado. O furiosos sim faz mais sentido, com direito a fugas a pé, porrada rolando solta, perseguições de carro e até um míssil. Aliás, as cenas de ação aqui funcionam que é uma beleza. Desde o começo o filme mostra para o que veio. E ao longo da trama a adrenalina e a ação vão aumentando, culminando num clímax longo e bom e que dá adeus a qualquer lei da física que possa existir. Se para eles não há física, desencane e se deixe levar.


O foco do filme segue claramente uma linha a laOnze Homens e um Segredo”. É impossível não perceber isso ao longo do filme, quando a turminha toda é reunida para um grande assalto. Vindos de filmes anteriores da série, cada um tem sua especialidade e tem um papel fundamental para que a trama desenrole. Ludacris e Tyrese Gibson do segundo filme, Sung Kang do terceiro...a turma é grande.


Um dos problemas do filme fica pelo humor involuntário que os diálogos em português geram. É estranho ver um brasileiro falando com sotaque gringo. Numa determinada cena de ação, o riso no cinema foi grande por conta de uma frase. A trilha sonora é boa e ambienta o longa, mas nos funks que rolam durante o filme, é perceptível o sotaque gringo.


Velozes e Furiosos 5: Operação Rio é um filme brasileiro que não se passa no Brasil. Filmando em Porto Rico, mas com as cenas aéreas feitas aqui para deixar a ambientação situada, é um filme de pura ação. Diverte. Tem humor que é engraçado, tem as cenas de ação que são boas, tem até a briga entre dois gigantes: Vin Diesel e  The Rock. Uma boa pedida de cinema pipocão nesse final de semana.

P.S.: fiquem até acabar os créditos com animação, pois ainda tem mais uma cena, com mais uma participação de outro personagem da série que deixa um, possível, gancho para um sexto filme.


“You believe em ghost?”


Fast Five, Ação, EUA 2011. Direção: Justin Lin. Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson (The Rock), Chris Bridges (Ludacris), Tyrese Gibson, Jordana Brewster, Joaquim de Almeida, Sung Kang, Matt Schulze, Gal Gadot, Elsa Pataky, Tego Calderon e Don Omar.

Velozes e Furiosos 4

Não há diversão sem suas próprias regras.”


Dom continua com Letty em planos para conseguirem roubar mercadorias. Mas após um assassinato, Dom volta para Los Angeles com desejo de vingança. Pelo fato da morte estar ligada com traficantes de drogas, seu caminho envolve Brian, que está investigando. Agora agente do FBI, Brian une forças com Dom para descobrir quem é o assassino e desmantelar esse esquema dos traficantes de drogas.


O terceiro filme, Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio agradou aos fãs, fez bilheteria. Mas mesmo assim, resolveram voltar às origens. Saí a turma oriental e voltam a turma do original do primeiro filme: Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster e Michelle Rodriguez (linda nesse quarto filme).


Ou seja, por ser praticamente uma continuação direta do primeiro filme, muita coisa dos outros dois filmes são ignoradas, principalmente personagens. A volta aos personagens clássicos é o melhor do filme, de longe. Vin Diesel voltando ao seu personagem Dom é muito bom. O ator com suas tiradas sarcásticas ao longo do filme são engraçadas.


O que era o foco nos outros três filmes, inacreditavelmente não chega a ser o foco desse quarto: os carros. O que antes era objeto de desejo, aparecia aos montes nos outros filmes, tinham sequências inteiras focadas neles, em alta velocidade, perdem a força aqui. O problema fica que, aqui, as maiorias das perseguições acabam acontecendo embaixo da terra. Sim, dentro de túneis. Acho que até por isso que a tensão, adrenalina, sensação de velocidade dos primeiros se perdem.


Com a dupla direção/roteiro do terceiro filme de volta, Justin Lin e Chris Morgan, era de se esperar algo novo. Mas não tem. É mais do mesmo. E até que é passível nessa quarta parte.


“Still a bomber!”






Fast & Furious, Ação, EUA 2009. Direção: Justin Lin. Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez, John Ortiz, Laz Alonso, Gal Gadot, Jack Conley , Shea Whigham, Liza Lapira, Sung Kang, Don Omar.

Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio - Critica

“Donkey Kong?”


Sean Boswell é um estudante com temperamento forte que, depois de se envolver com um acidente durante um racha, é pego pela polícia. Por ser reincidente, a mãe dele faz um acordo e para escapar do presídio, o garoto é enviado para Tóquio para viver com o pai. Deslocado nesse mundo, ele faz amizade com Twinkie, outro americano. Twinkie então o apresenta ao dritifing, uma espécie de corrida com velocidade e curvas. O problema é que, logo na primeira corrida, Sean arruma um adversário: Takashi, o campeão local e detona o carro de Han. Agora, Sean terá que trabalhar para Han para pagar suas dívidas, enquanto aprender a arte do drifiting.


Logo de cara, é possível ver a grande mudança nos ares e nas direções da série. Saem os Estados Unidos e os americanos e entram o Japão e os orientais. A mudança de ambientação é bem visível, com os prédios e carros orientais brilhantes e diferentes. E junto com essa mudança, vem a troca de estilo de corrida. Antes rachas em busca de maior velocidade, agora o intuito e ter controle tanto velocidade quanto em técnica, para fazer com que o carro deslize em curvas.


Essa mudança de ar fez bem ao terceiro filme. Com roteiro de Chris Morgan, os eventos policiais do primeiro e segundo longas são deixados de lado para focar em uma rixa adolescente e um vislumbre da máfia japonesa, Yakuza, e toda a questão de honra que a acompanha. Mesmo o roteiro não sendo um primor, é o melhor dos três.


Mais uma vez, o destaque são os carros, fazendo suas curvas, com closes no pequeno espaço entre o carro e a parede. O fetiche em cima dos carros eu acho ainda maior que nos anteriores.


O elenco é dose. Lucas Black como Sean Boswell segue os passos de Paul Walker: seu personagem simplesmente não convence e não têm carisma. Quem nesse filme tem carisma e rouba a cena é Han. Interpretado por Sung Kang, Han é o personagem mais legal e carismático no filme, principalmente na cena em que consegue o telefone de uma garota simplesmente girando seu carro em torno do dela.


Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio trouxe novos ares para a trama. Mudou de local e de estilo. Mas os pontos baixos são maiores que os altos: o drama não funciona, os atores são péssimos. É um filme mediano. Melhor que o segundo, muito inferior ao primeiro.


“Gaijin.”


The Fast and the Furious: Tokyo Drift, Ação, EUA 2006. Direção: Justin Lin. Elenco: Lucas Black, Bow Bow, Sung Kang, Keiko Kitagawa, Jason Tobin, Brian Tee, Sonny Chiba.

+ Velozes + Furiosos - Critica

“Tô cheio de fome.”


Brian O’Conner agora é um ex-policial. Depois dos eventos no final do primeiro filme, ele vive agora de rachas. Quando a polícia consegue pegá-lo durante uma fuga de uma dessas corridas, Brian é obrigado a colaborar novamente e se infiltrar junto com Roman Pearce, um ex-colega dele, no crime organizado de Miami para conseguir prender Carter Verone, o chefe.


Mais uma vez, o roteiro. Enquanto que o primeiro foi escrito apenas por Gary Scott Thompson, o segundo conta com a ajuda de mais dois: Derek Haas e Michael Brandt. O resultado consegue ser melhor que o primeiro então? Ledo engano. O motivo para a continuação chega a ser pior. E pra piorar, mais uma vez o roteiro não ajuda, serve apenas para uma coisa.


Mostrar os carros tunados. Se antes eles eram umas das principais coisas do filme, agora são os personagens principais. A todo o momento uma caranga tunada e bela aparece. Abrem-se os capôs para que o interior, o que a move. Dá-lhe closes na troca de câmbio, no acelerador sendo pisado no talo, no nitro sendo pressionado e o caminho que ele percorre. Realmente, os carros são os principais.


O elenco é um problema. Sem o carisma de Vin Diesel e seu personagem Dom, a trama toda é levada pelos personagens de Paul Walker e Tyrese Gibson. E mais uma vez, o personagem de Paul é tão inexpressivo que o co-protagonista no final acaba brilhando mais com ele.


+ Velozes + Furiosos continua na vibe de filme testosterona. O problema é que a testosterona aqui é bem menor que no seu predecessor. Sem Vin Diesel, sem os rachas tensos e legais de se assistir, a continuação se perde num filme xoxo.


“C´mon Brian!”


2 Fast 2 Furious, Ação, EUA 2003. Direção: John Singleton. Elenco: Paul Walker, Tyrese Gibson, Eva Mendes, Ludacris, Devon Aoki, James Remar, Cole Hauser.

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