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Uma continuação que melhora em diversos aspectos.

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Coluna Livristica: Um Dia



Dexter Mayhem e Emma Morley se conheceram em 1988, durante a festa de formatura da universidade. Ambos sabem que irão seguir caminhos diferentes no dia seguinte, mas após um único dia juntos, eles não conseguem para de pensar um no outro. Mesmo levando vidas diferentes e na maioria do tempo separadas, Dex e Em não conseguem esquecer o sentimento que surgiu naquela noite e surge uma amizade incrível entre eles. E ao longo dos próximos vinte anos, a história dos dois se desdobra, sempre no mesmo dia, 15 de julho.

Como posso começar a resenha desse livro? Dizer que gostei ou que é um livro bacana é ser banal e simples demais. Um Dia é um livro que não cotna apenas uma história de amor, mas sim uma história praticamente real que é narrada ao longo de duas décadas, uma história sobre uma amizade que é construída e que amadurece e as consequências dela na vida dos dois.

O autor do livro, David Nicholls, utiliza uma forma diferente de conduzir a trama: os vinte anos são mostrados através de capítulos, onde cada ano é um capitulo. E cada capítulo se passa num único dia do ano: 15 de julho (o dia em que eles se conheceram). Algo que no começo pode parecer um pouco estranho e confuso no começo, se mostra prazeroso e que enriquece ainda mais a trama, pois acontecem diversos fatos de um 15 de julho para o outro e não ficamos sabendo de tudo, mas sim de fragmentos dele e a cada ano, o choque que ocorre pelos caminhos que os personagens estão levando é surpreendente.

“Foi um dia memorável, pois operou grandes mudanças em mim. Mas isso se dá com qualquer vida. Imagine um dia especial na sua vida e pense como teria sido seu percurso sem ele. faça uma pausa, você que está lendo, e pense na grande corrente de ferro, de ouro, de espinhos ou flores que jamais o teria prendido não fosse o encadeamento do primeiro elo em um dia memorável.”
Charles Dickens, Grandes Esperanças

A história de Dex e Em é muito cativante. E mostra de uma forma bastante crível como um único dia e como uma única pessoa pode mudar toda a sua vida ou todo o seu ano seguinte. A história dos dois é sobre o amor que um tem pelo outro, mas o foco fica na amizade que os mantem juntos, mesmo após tantos anos. Há momentos divertidos, mas em sua grande maioria a história é dominada por momentos tristes.

Outro ponto muito bom e forte do livro é o realismo do mesmo. A forma como a história é contada é extremamente real e todos os sentimentos despertados também são reais e intensos. É uma realidade que não incomoda, mas que faz pensar. Pensar sobre a nossa própria vida e o caminho que tomaremos em deterioramento dos sonhos que tínhamos quando mais novos.

Um Dia é uma leitura recomendada. Não vou dizer obrigatória porque ninguém é obrigado a nada. Mas se eu fosse indicar um livro do qual eu gostei de coração até agora em 2011, indicaria esse. O que eu disse aqui não chega aos pés do quanto eu realmente gostei do livro. Merece um tempo e disposição para conhecê-lo e se apaixonar.

Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse
te dar só um presente
para o resto da sua vida seria este.
Confiança.
Seria o presente da Confiança.
Ou isso ou uma vela perfumada.


Para completar, o livro será adaptado para os cinemas com Anne Hathaway e Jim Sturgess como Emma e Dexter respectivamente. Fique abaixo com o pôster e o trailer do filme.




E caso você tenha se interessado pelo livro, é só clicar na imagem e comprar (eu recomendo).


terça-feira, 14 de junho de 2011

Coluna Livrística: Fernão Capelo Gaivota

Fernão Capelo é uma gaivota que, diferente das outras, não pensa só em sobreviver, passando todos os dias como se fosse um único, repetindo regulamente a mesma rotina. Sua maior paixão é voar e ele passa intermináveis momentos descobrindo novas maneiras de aperfeiçoar seu voo. Para um pássaro que está fadado a mesmice de uma vida que se limita a um ciclo sem fim, Fernão descobre como é difícil seguir seu sonho enquanto sua ‘sociedade’ o julga como o diferente e o condena por não seguir as regras. O problema é que essa busca sempre acontece seguindo o caminho contrário ao da correnteza e a gaivota só encontra críticas e restrições que acabam banindo-o do grupo.
Em vez da monótona labuta de procurar peixe junto dos barcos de pesca, temos uma razão para estar vivos! Podemos subtrair-nos à ignorância, podemos encontrar-nos como criaturas excelentes, inteligentes e hábeis. Podemos ser livres!”
Fernão Capelo Gaivota é uma alegoria (figura de linguagem que transmite um sentido sem utilizar a linguagem literal). Isso de dá principalmente na segunda parte do livro, quando Fernão transcende para uma sociedade onde todas as gaivotas compartilham sua paixão pelo voo. Ele compreende que um espírito não pode ser livre, verdadeiramente, se não tiver a capacidade de perdoar, entre outras coisas. E a vida que levava de dogmas, preconceitos e limitações fica para trás.
À medida que os dias se passavam, Fernão surpreendia-se pensando no tempo e na terra de onde viera. Se ele tivesse sabido que havia só um décimo, só um centésimo do que aprendera aqui, como a vida teria sido mais válida!”
Fernão Capelo Gaivota, escrito por Richard Bach, é divido em três grandes capítulos. É um livro pequeno, geralmente impresso em letras grandes e poucas páginas. Não tem enrolação ou moralismo, daquele que soa até falso para o leitor. Remete à simplicidade d’O Pequeno Príncipe. No meu caso, eu tive que ler em diferentes épocas da minha vida para realmente (tentar) entendê-lo. E garanto que, a cada vez lido, sua lição permanece tão ou mais importante quanto a última vez.
Fernão Gaivota nascera para ser instrutor, e a sua maneira de demonstrar o amor era dar um pouco da verdade que ele próprio descobrira a uma gaivota que apenas pedisse uma oportunidade para vislumbrar essa verdade.”
Se você se interessou por essse livro, adquira-o aqui:

terça-feira, 7 de junho de 2011

Coluna Livristica: Seu Madruga – Vila e Obra

“Quando a fome aperta, a vergonha afrouxa.”


O livro conta tudo e mais um pouco sobre o um dos mais, se não o mais, querido personagem de Chaves. Descubra a história, os segredos, a vida de Seu Madruga e do ator que o fazia, Ramón Valdés.

É tudo uma grande comédia nessa biografia de Madruga. Dividido em quatorze capítulos, ficamos sabendo de tudo. Desde a origem do personagem, seu perfil completo, os outros personagens do seriado.

Tem capítulos destinados os outros personagens de Ramón, como o grande Tripa Seca e o super herói Super Sam. Outro capitulo somente para as clássicas frases, proferidas por todos que um dia já assistiram ao icônico seriado.

É um livro gostoso de ler. Ficamos sabendo de tudo sobre o carismático Seu Madruga, sua vida, seus gostos, com direito a imagens engraçadas do mesmo. Se você tem um carinho especial pelo personagem, adquira o livro.

“A vingança nunca é plena. Mata a alma e a envenena.”

Se interessou pelo livro? Pela imagem abaixo dá para comprá-lo :)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Coluna Livrística: Dom Casmurro

Já no primeiro capítulo Do título temos a explicação do termo Casmurro, apelido que significa homem cismado, carrancudo e triste. Temos nosso protagonista, Bento, em sua velhice, rememorando fatos de sua vida, detalhe por detalhe, diálogo por diálogo. Seu apelido, dado por um poeta que o aborda, vem a calhar, já que Bento é um homem amargurado e que se mostra arrependido e resolve então botar em literatura o que a mente lhe atormenta.
O protagonista é Bentinho, menino de personalidade fraca, controlado pela mãe que, como promessa por ele ter sobrevivido ao parto, obriga-o a entrar em um convento para tornar-se padre (as opções dessa época eram essa, medicina ou advocacia entre a aristocracia). Porém, Bento não está interessado nisso e sim em sua vizinha e personagem principal da história, Capitu.
Também adverti que era fenômeno recente acordar com o pensamento em Capitu, e escutá-la de memória, e estremecer quando lhe ouvia os passos. Se se falava nela, em minha casa, prestava mais atenção que dantes, e, segundo era louvor ou crítica, assim me trazia gosto ou desgosto mais intensos que outra, quando éramos somente companheiros de travessuras.”
Capitu, personagem extremamente forte, insinuante e ardilosa é pior reconstruída psicologicamente quanto mais a trama se aprofunda e Bentinho envelhece. Mesmo quando menina, há sempre traços que levarão à Capitu mulher, impetuosa, digna do ciúme doentio de seu marido embasado por suas fortes suspeitas que o fazem julgá-la adúltera. Como Dom Casmurro é escrito em primeira pessoa e Machado de Assis deixa claro, não há nenhuma imparcialidade do narrador. Todas as construções de situações, diálogos, discrições, pensamentos, atitudes, tudo é meticulosamente ambíguo para criar a dúvida no leitor: Afinal, Capitu traiu ou não Bentinho?
Nem sobressalto nem nada, nenhum ar de mistério da parte de Capitu; voltou-se para mim, e disse-me que levasse lembranças a minha mãe e a prima Justina, e que até breve; estendeu-me a mão e enfiou pelo corredor. Todas as minhas invejas foram com ela. Como era possível que Capitu se governasse tão facilmente e eu não?”
Porém, ao contrário do que alguns professores ainda fazem – O Julgamento de Capitu – a resposta dessa pergunta é desinteressante. Traindo ou não, nada muda a mente corroída de ciúmes de Bento. Esse ciúme que vem desde a infância de ambos – contado em tom jocoso – só se confirmou e formou bases com Escobar, amigo de seminário, figura cativante adorado por todos e o crescimento de seu filho com a mulher, Ezequiel, que ao longo dos anos, aos olhos do Dom Casmurro, foi se tornando cada vez mais parecido com o ex-amigo.
"Não me mexi; era nem mais nem menos o meu antigo e jovem companheiro de seminário de S. José, um pouco mais baixo, menos cheio de corpo e, salvo as cores, que eram vivas, o mesmo rosto do meu amigo.”
Um livro super interessante, com capítulos pequenos, personagens secundários alegóricos e enfoque na introspeção do narrador, mergulhado em sua amargura e em seu passado. Não é a toa que faz parte da leitura obrigatória dos principais vestibulares do Brasil. Foi transformado em série pela Globo em 2010, com o título de Capitu, que vale muito a pena assistir, fidelíssimo ao livro. Uma grande obra com uma das melhores personagens femininas na literatura brasileira de um excelente autor.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Coluna Livristica: The Umbrella Academy – Dallas

“Controle da missão despachando Hazel e Cha-Cha…”


O segundo volume começa com as consequências dos eventos do primeiro volume. Cada um dos sete sofreu com o que aconteceu e seguiu um caminho diferente, para melhor ou para pior. E nesse contexto, outra ameaça eminente está a caminho e talvez o número cinco seja a chave para isso.

A continuação é bem mais interessante de se ler que a primeira. A primeira, recheada de clichês, dá espaço para uma trama bem melhor elaborada, com direito a muitas viagens no tempo, inclusive para o Vietnã no período de guerras.

Aqui o foco fica claramente no número cinco. E é legal ver a história dele. Outro destaque fica por conta da dupla de assassinos Hazel e Cha-Cha, dois seres estranhos com cabeças de animais desproporcionais ao resto do corpo e que lembraram um pouco a dupla de Pulp Fiction.

A arte continua sendo de Grabiel Bá e a história continua sendo de Gerard Way (vocalista de My Chemical Romance).

Tão aconselhável de se ler quanto a primeira edição, se não até mais, Dallas é obrigatório para fãs de hqs.


“Pogo!”

Se interessou? A HQ está a venda nas principais livrarias do país.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Coluna Livrística: TPM

TPM: Toques para Mulheres

Nossa grande equipe de duas pessoas resolveu expandir seus negócios e, como ponto inicial desse plano, resolvemos começar com algo simples: a resenha de um site literário e a (talvez) parceria com Edson Rossatto. O Edson, que tem um senso de humor bem afiado, escreve crônicas (pequenas histórias do cotidiano, como a última página da Veja São Paulo) sobre o mundo feminino em sua visão de macho.

Antes que ocorram más interpretações: não, ele não é machista, como ele próprio diz no perfil do blog. Tá, em algumas partes das crônicas ele pode ser bem injusto, como por exemplo, a “Biquínis, unhas e extintores...” quando ele repudia – não só nessa, na verdade – pés de mulheres que sejam feios (Como um pé pode ser bonito?!). Pras algumas mulheres que leem talvez seja uma puxada de orelha, ou um golpe no ego ou uma verdade inconveniente. Por isso é tão bom. Como mulher, às vezes, pra não magoar umas as outras, recorremos de artifícios, mentirinhas brancas, eufemismos etc. Pode esquecer de tudo isso que nesse blog o pau da barraca é chutado.

O objetivo do TPM é ser polêmico mesmo e consegue. Com piadas inteligentes, neuras e feridas femininas cutucadas, conselhos verdadeiros vindos de quem entende do negócio, consegue acertar o alvo e fazer, em poucas linhas, uma leitura agradável e muito divertida.

Link para o site TPM

terça-feira, 26 de abril de 2011

Coluna Livrística: 1984






Narrado em terceira pessoa , o livro conta a história de Winston Smith, um funcionário do Governo ditatorial da Oceania que tem como função apagar registros antigos da mídia e alterar a informação, de acordo com o interesse do Partido. Vigiado em todos os lugares, Winston se incomoda com sua vida e começa a questionar as ações do Governo, a redução do indivíduo, o forçamento da coletividade, a repressão e o medo exercidos sobre os cidadãos.

O começo – e o fim, para ele – é o dia que ele resolve comprar um bloco de papel e uma caneta (objetos clandestinos e não autorizados pelo Governo) e começa a escrever seus pensamentos, longe da vigia constante que recebe. A partir daí, ele não é meramente apenas mais um fanático pelo Partido e sim, um ser pensante.

"E quando a memória falhava, e os registros escritos eram falsificados - era forçoso aceitar a assertativa do Partido de que tinham melhorado as condições da vida humana, porque não existia, nem jamais poderia existir, qualquer padrão de comparação."

Em 1984 a sociedade se divide em três grandes classes: O Grande Irmão e o Partido Interno; o Partido Externo (do qual faz parte Winston) e a Prole, que não são considerados cidadãos. O Grande Irmão (Big Brother) é, para os cidadãos da Oceania, uma pessoa, o maior símbolo do poder e que a todos vigia. Porém, como mencionado no livro, não há histórico de ter sido visto, seu nascimento ou sua ascensão ao poder, portanto, torna-se uma figura onipotente e onipresente que nunca morrerá. Goldstein, por outro lado, é a força da resistência. Assim como o Grande Irmão, fotos e vídeos representados por um homem (sempre de modo a parecer "mau") não comprovam sua real existência. O que se sabe é que ele foi um dos grandes fundadores do Partido, mas que depois se rebelou e escreveu um livro que, apesar de proibido, ainda circula entre os contrários ao Partido.

Para garantir a manutenção do Partido, todos são vigiados por teletelas, que funcionam como televisão e câmera ao mesmo tempo; recebem notícias em relação à Guerra, ouvem testemunhos de traidores confessando seus supostos crimes e tem sua atenção chamada se não estão fazendo o exercício matinal direito, por exemplo.



Esse avanço tecnológico que propicia o controle do indivíduo é feito através da invasão total da privacidade, do domínio do pensamento e a manipulação histórica dos fatos. Mudar o passado é fácil e é a maneira mais simples de controlar os fatos presentes, mudando toda a história da humanidade. Um dos grandes exemplos disso no livro é o da Guerra. Oceania, Lestásia e Eurásia sempre estiveram em guerra e para sempre continuarão, porém o inimigo pode divergir entre um continente ou o outro. Entretanto, quando a Oceania está em guerra com a Eurásia e de repente esta se torna aliada e agora guerreiam com a Lestásia, todos os documentos, manifestos, notícias e cartazes são destruídos ou modificados para se pensar que a Lestásia sempre fora – e, portanto, sempre seria – a inimiga.

O controle do pensamento é feito através da manipulação da linguagem. A novilingua é a única língua mundial que reduz seus termos ao longo dos anos para tornar o ato de se comunicar o mais simples possível. Nela, sinônimos e antônimos são retirados e palavras são anexadas juntas como duplipensar (duplo pensamento) e impessoa (pessoa que não existe mais). Dicionários são criados de tempos em tempos e a nova linguagem é assimilada imediatamente, ocorrendo um ‘emburrecimento’ por parte do cidadão, através desse condicionamento.

O membro do Partido vive, do berço à cova, sob os olhos da Polícia do Pensamento. Mesmo quando está sozinho jamais pode ter certeza do seu isolamento. Onde quer que esteja, dormindo ou acordado, trabalhando ou descansando, no banho ou na cama, pode ser examinado sem aviso e sem saber que o examinam. Nada do que ele faz é indiferente.”



1984 tem tanto significado que é até difícil saber por onde começar. É, com certeza, um livro atemporal pois fala principalmente da manipulação do seres humanos uns sobre os outros. Publicado em 1949, retrata o futuro, homônimo ao título mas que serve muito bem para a sociedade do presente. Menciona a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, baseando-se nos regimes totalitários e repressivos de alguns anos antes. Com seus personagens vivendo dependentes do Governo em todos os sentidos (notícias, vestuário, alimentação, trabalho etc etc), existe uma relação com o idealismo socialista. Porém, ao contrário do que muitos pensam, o livro não é um ataque ao socialismo e sim ao fascismo. Na verdade, um outro livro de Orwell critica sim o Stalinismo, que tinha como objetivo apagar todas as fotos e menções a Trótsky, quando houve a disputa para saber quem substituiria Lênin após sua morte, chamado A Revolução dos Bichos. A semelhança é tão grande com a realidade que a situação da Alemanha Oriental no período da Guerra Fria, além da situação do Brasil ditatorial (com a perseguição aos comunistas) se equiparam com a do livro.

Guerra é Paz,
Liberdade é Escravidão,
Ignorância é Força.”

SUPER HIPER MEGA SPOILER ALERT DO NOT ENTER (selecione para ler):
O'Brien revela-se o grande antagonista da história, pois passou-se por agente duplo para fazer da traição de Winston de irreal e apenas em sua consciência para um ato consumido. Após ele e Júlia serem presos - fato que Winston já previra - a narrativa assume outro âmbito. Eles são levados para o Ministério do Amor, lugar onde ocorrem todas as torturas e falsas confissões. O'Brien assume a longa tortura de Winston, que só realmente termina na sala 101, a pior dentre todas as salas. Winston só é liberado, não depois de todos os castigos (físicos e psicológicos) e lavagem cerebral, mas sim depois que entrega Júlia, ao indicá-la a ser torturada em seu lugar, tendo prometido que seria a única coisa que não faria. É ali que o Partido, que assume este feito ganha, com o intuito de fazer não apenas o condenado se arrepender de seus atos (e pensamentos), como de tirar a ideia de dentro dele. ALERT SPOILER OFF

As teorias que circundam 1984 são muitas e até hoje são discuti das entre leitores, fãs e entendedores. Porém, falar sobre todas é impossível. Este livro tem como principal característica o fato de nunca deixar a pessoa que leu do mesmo modo que começou. O poder exercido pelo Grande Irmão, do Estado Absoluto é assustador e, infelizmente, possível. Então, como identificar a manipulação existente na sociedade de hoje, que não é aberta como a do livro, mas tão real quanto?

Adquira 1984 aqui:


Para ler o post feito pelo Artie sobre o filme, clique aqui.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Coluna Livristica: Eu Sou o Número Quatro



“Nove de nós escaparam...
O Número Um
foi morto na Malásia.

O Número Dois
Foi Assassinado na Inglaterra.

O Número Três 
Foi perseguido e capturado no Quênia.

Antes de ir atrás dos outros.
Eles virão atrás de mim...

Eu sou o 
Número Quatro.”


Criado pela dupla de americanos James Frey e Jobie Hughes (e usando o pseudônimo de Pittacus Lore para assinar o livro e dar entrevistas), Eu Sou o Número Quatro é o primeiro livro de uma serie chamada Os Legados de Lorien, composta de cinco volumes que irá narrar as histórias dos remanescentes, sendo que o próximo será The Power of Six, previsto para agosto, que narrará a história da Número Sete.

A história do livro acompanha Número Quatro, um dos sobreviventes do massacre do seu planeta natal Lorien. Ele e seu guardião e protetor Henri, vivem de cidade em cidade na Terra, sempre fugindo dos mogadorianos, seres responsáveis pela destruição de Lorien e que estão no planeta para caçar os remanescentes. Mas por trás disso, eles tem outras intenções.

O livro então vai acompanhando a história de Número Quatro, agora com a alcunha de John Smith, em mais uma cidade: Paradise, em Ohio. A ida à escola, a descoberta de seu Legado, o surgimento do amor e ação.

Mas a trama não fica só na superficialidade. Conforme a trama vai se desenrolando, o passado também é apresentado, como flashbacks de John com seu planeta natal e os eventos que o levaram até aquele ponto. E também ocorre o levantamento de dúvidas e menções que só aumentam a curiosidade pela ficção.
O bom do livro é que ele tem uma leitura simples. Você vai lendo e não se cansa de acompanhar a história. Não há palavras complicadas e os capítulos não se prolongam por muito tempo.

Claro que há algumas coisas que não são boas, como o personagem perfeito sem uma fraqueza aparente, o pano de fundo (cenário) em que a história transcorre ser bem teen, digna de quase uma Malhação: Garoto novo deslocado no colégio se apaixona pela menina bonita, mas essa é ex do garoto mais popular do colégio e jogador de futebol americano.

Comparando o livro com o filme, o livro (assim como a maioria dos casos) é muito superior ao filme. Aqui  há um maior aprofundamento dos personagens, o surgimento dos Legados, a relação de mentor/aprendiz pai/filho entre Heris e John é mais desenvolvida, a personalidade deles são diferentes, acontecimentos são mais bem explicados.

Mas no final o saldo é mais positivo que negativo. É uma leitura leve e que entretêm. Legal para quem quer começar a ler ou está atrás de um começo de saga. Tem ficção na medida, tem romance, é divertido, tem bastante ação e que deixa vontade de ler a continuação.


"Nove de nós vieram pra cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Conseguimos fazer coisas que vocês apenas sonham em fazer. Temos poderes que vocês apenas sonham em ter. Somos mais fortes e mais rápidos do que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram  nos filmes e nos quadrinhos – porém, somos reais."


Se interessou pelo livro? Adquira pela imagem abaixo:



PROMOÇÃO

E aproveitando essa Coluna Livrística, iremos sortear um exemplar de Eu Sou o Número Quatro. Para participar, veja as regras abaixo:

  1. Siga o SOA no Twitter;
  2. É obrigatório morar em território nacional (a.k.a. Brasil)
  3. Tweet a frase abaixo, exatamente do jeito que ela se encontra (e isso inclui o link):
Eu sigo o @stuff_artie e quero ganhar o livro Eu Sou o Número Quatro - http://kingo.to/yZO

O sorteio será realizado na próxima terça, dia 26, pelo Sorteie.me.

Boa sorte.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Coluna Livristica: É Agora ou Nunca



Katherine e Tara são amigas desde a infância. Katherine e Tara conhecem Fintan quando estão na adolescência. Katherine, Tara e Fintam conhecem Liv em Londres – apesar de terem nascido em Dublin – e Liv mora uns tempos com elas (quando Fintam se muda para viver com Sandro). Katherine, Tara, Fintam e Liv não moram mais juntos e cada um seguiu a sua vida.

Tara mora com o namorido (odeio essa expressão) Thomas. Um mala. Autoritário, antissocial, chato, nojento, etc etc. Ninguém gosta dele e ele não faz questão de gostar de ninguém. Liv é uma sueca bonita e meio perdida, que ainda não sabe o inglês direito e anda de rolo com um homem casado. Fintam é gay. E a história se desenrola a partir dele. Katherine. Como começar a falar de Katherine? Katherine é independente, fria, não socializa na empresa onde trabalha, é séria, não aceita elogios, é constantemente sarcástica, odeia que flertem com ela, etc etc. Mas é uma manteiga por dentro, tadinha.

O fim de sua história de amor lhe parecera o luto pela morte de alguém, e agora a morte de alguém lhe parecia o fim de uma história de amor.”

É Agora... ou Nunca é um livro de Marian Keyes, a mesma autora de Melancia. É neo-romance (daqueles que os personagens não são meninas retardadas que se apaixonam por caras épicos ao crepúsculo) e Marian sabe ministrar este gênero como poucos. Seus personagens lembram pessoas do nosso dia a dia e suas situações são quase tão piores quanto as de qualquer um.  Presos ao cotidiano e a sua vida na linha entre o ‘ruim’ e ‘é o que tem’, eles são forçados a mudar isso quando recebem a notícia de que Fintan está doente.


– É estranho... (...) – Parece que se passaram apenas cinco minutos desde que estivemos aqui no hospital, ontem. É como se o sono da noite passada nem tivesse acontecido.”

A morte se torna, então, uma parte constante da vida dos quatro.  E viver do jeito que estavam, não dá mais. Tara e Katherine prometem ao amigo que farão tudo o que ele pedir. Graças s às suas exigências malucas, elas se dão conta de que estão em uma época iminente em suas vidas, onde terão que – mesmo contrariadas – a fazer com as coisas realmente aconteçam em suas vidas.

 “– (...)  Para falar a verdade, umas duas vezes ele até foi carinhoso comigo, mas continuo com uma sensação horrível, como se estivesse com uma guilhotina sobre a acabeça, e estou super angustiada

Apesar do tema pesado, o livro é leve, com boas sacadas de humor, referências e melodrama, bem típicos da autora.  Satiriza a insegurança da mulher e absolutamente todos os sentimentos que a acompanham.


Se você se interessou pelo livro, adquira-o aqui:


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Coluna Livrística II: Alta Fidelidade

Sabe qual é a pior coisa de sermos rejeitados? A falta de controle. Se eu pudesse controlar o quando e o como, ao ser chutado por alguém, então a coisa não pareceria tão ruim.
Rob não admite que seja um babaca. Ao contar seus (cinco) piores términos, ele pensa que tem válidos argumentos para ou terminar ou continuar remoendo o acontecido, nunca admitindo que talvez quem pudesse estar errado era ele. Mas ao longo da história, ele acaba percebendo (já que muitas pessoas dizem isso) que ele é, na verdade, um babaca. O início da história se passa quando sua ex-atual-namorada Laura, termina com ele e para mostrar que não está nem um pouco abalado, ele enumera as cinco garotas que pior quebraram seu coração. Aliás, ele faz isso o tempo todo: listas de cinco melhores bandas, filmes, músicas número um do lado A do disco. Quando Laura termina com ele, imediatamente ele a quer de volta e admite que só deseja isso exatamente porque ela não o quer mais. Babaca. (verdadeiro, mas babaca).
E o caralho... quando é que esse negócio todo vai parar, caralho? Eu vou ficar pulando de galho em galho para o resto da vida até que não haja mais galho pra pular? (...) Venho pensando com a virilha desde que fiz catorze anos, e para falar com franqueza, cheguei à conclusão de que minha virilha tem merda na cabeça.
Alta Fidelidade é narrada bem antes da época do computador, sites, downloads e pasme, vídeos online. As pessoas gravavam fitas umas pras outras e a sua música favorita ou estava em um disco ou tocava nos rádios. Tempos de ouro. Rob tem uma loja de discos, meio underground, nada famosa e que vende clássicos. Com poucos frequentadores, ele leva a vida assim, até perceber que é uma merda, que seu negócio é praticamente falido e que ele nunca quis abrir uma loja de discos. Ele tem dois amigos, Barry e Dick e os três vivem mais ou menos nesse mundo à parte, onde julgam uns aos outros pelas músicas preferidas e não se levam muito a sério.
Um livro feito por um homem para homens. Com muitas piadas inglesas e que, mesmo traduzidas do melhor jeito ficam ainda sem muita liga, como por exemplo:
“- Você tem soul? – pergunta uma mulher na tarde seguinte. Isso depende, eu tenho vontade de dizer, alguns dias sim, alguns dias não.” (Limita quem lê, já que tem que saber inglês, sarcasmo e autopiedade, tudo numa piada só).
É bem verdadeiro a respeito de relacionamentos e pessoas, meio que 500 dias com Ela. Sem muita frescurite e muita entoação de oh, o amor. Rob reclama o tempo todo, mesmo quando as coisas estão indo bem. O que mostra que, visto de fora, a situação de uma pessoa pode estar ótima e ela não percebe ou aprecia isso, achando que sempre precisa melhorar. Um livro sincero em sua ideia e bem praticável na realidade.
Alta Fidelidade, escrito por Nick Hornby, foi transformado em filme, em 2000 (com Jack Black como Barry)
Obs: o capítulo 34 é muito bom.
Se você se interessou pelo livro, adquira-o aqui:

terça-feira, 5 de abril de 2011

Coluna Livristica: The Umbrella Academy - Suite do Apocalipse

“Só meu pai me chama de número um.”


Segundo a sinopse, quarenta e três crianças foram geradas espontaneamente  por mulheres que não aparentavam estarem grávidas. Dessas, sete crianças foram adotadas pelo Sir Reginald Hargreeves e formaram a Umbrella Academy, uma espécie de família de super-heróis com poderes bizarros.


Então acompanhamos a missão desse grupo primeiramente enfrentando uma Torre Eiffel descontrolada e depois pula uma década, mostrando o que aconteceu com todos, os caminhos que levaram. E o mundo precisa deles mais uma vez.


A título de curiosidade, o autor da hq é Gerard Way. Para quem não sabe, ele é o vocalista da banda My Chemical Romance. E, vejam só, ele consegue criar uma história legal e envolvente, mesmo que seja recheada de clichês.


E pra falar a verdade, esse é o único ponto ruim da hq, ao lado de alguns deslizes do roteiro: os clichês. Desde o surgimento misterioso das crianças (alusão à X-Men), passando pelo herói e líder nato que tem sua fortaleza da solidão (alusão ao Superman), incluindo um outro herói que tem seus métodos mais crus e quase não tem poderes (alusão ao Batman). Isso só pra citar alguns.


Mas tirando esse fator, é uma história interessante de se acompanhar, desde a introdução de cada um dos sete heróis até a ameaça que surge e que os obriga a se unirem novamente. É interessante de ler.


Os traços, os desenhos ficam por conta do brasileiro Gabriel Bá. E ele entrega uma identidade visual bem bacana e diferente. A hq tem sua própria personalidade visual e rendeu produtos como bonecos até.


The Umbrella Academy – Suíte do Apocalipse é o primeiro volume lançado no Brasil (o segundo já está à venda). Confira porque vale a pena. Recomendado.

“Toc, toc.”

terça-feira, 22 de março de 2011

Coluna Livrística: Castelo de Vidro


"Eu ouvia as pessoas em volta de nós cochichando coisas sobre o bêbado maluco e os pestinhas dos seus filhos sujos, mas quem ligava para o que pensavam? Nenhum deles jamais teve a mão lambida por um guepardo."

Jeannette Walls estava dentro de um táxi, com uma roupa chique de festa, presa no engarrafamento de Nova York quando, ao olhar pela janela, viu sua mãe remexendo no fundo de um latão de lixo. Ela, assim como milhões em todo o mundo, era uma sem teto, vivendo às custas da compaixão alheia e da sua experiência na vida.
Apesar de ser uma autobiografia E uma história de superação, Jeannete Walls relata sem pena de si mesma, toda a sua trajetória desde criança até virar uma jornalista reconhecida. Aliás, em nenhum momento ela se põe como vítima, muito pelo contrário, ela mostra o orgulho de ter conseguido, através dos tortuosos caminhos que seus pais escolheram, se tornar alguém bem sucedido. Assim, convencida pela mãe a contar a verdade sobre sua origem, Jeannete escreveu O Castelo de Vidro, que acabou virando um best-seller.

" - Tá vendo? Pois então. É disso que estou falando. Você fica envergonhada à toa. O seu pai e eu somos o que somos. Você tem que aceitar.
- E o que devo dizer aos outros sobre os meus pais?
- Diga a verdade. - respondeu. - A mais simples verdade..."

O personagem principal, talvez, da história é seu pai, Rex Walls. Não escondendo desde o início o fato de ser sua favorita ou da sua admiração por ele, ainda assim, a autora mostra, pouco a pouco (quando, na narrativa, vai ficando mais velha e mais consciente), a verdadeira face do pai: inescrupuloso, alcóolatra, mentiroso e teimoso. Rex não vive amarrado às regras da sociedade e recusa-se a ser uma pessoa comum, levando sua filosofia de vida (e sua família) até os extremos. Sua mãe, Rose Mary, é formada para ser professora, mas sua ambição é ser artista e viver da arte. Jeannete é a filha do meio de três irmãos: a mais velha Lori e o mais novo, Brian.

A família, por ser nômade, o pai não fixar emprego e a mãe recusar-se a trabalhar, vivia passando apertos, trocando de cidade, carro e casa com uma frequência desconcertante. Eram obrigados a se virar para não morrer, seja de frio ou de fome. As crianças mudavam de escola quase mensalmente e tinham que revirar o lixo da cantina à procura de sobras dos colegas.

Apesar de tudo isso, os três tem boas lembranças de sua infância e o rumo que sua vida teve até chegar a Welch, cidade mineradora decadente, que virou residência fixa da família, até mudarem-se para Nova York, cada qual em seu tempo e por motivos individuais.

"Perguntei-me se ele tinha esperança de que a sua filha predileta voltasse ou se desejava que ela, diferentemente dele, se desse bem na vida."

É revoltante, de início, pensar que pais criem filhos para viver dessa maneira. Mas, ao se aprofundar na história, você acaba percebendo que essas crianças, que viveram tão precariamente até a sua adolescência, cresceram e se tornaram adultos determinados e independentes exatamente por isso.

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terça-feira, 15 de março de 2011

Coluna Livristica: Retalhos

“Eu queria queimar minhas memórias.”


Retalhos conta a história de Craig Thompson, desde sua infância até o início da vida adulta. Tudo isso se passa em Wisconsin, uma cidade dos Estados Unidos.

A história é levada por praticamente três pontos principais: todo seu amadurecimento é acompanhado pelo temor que tem de Deus, devido a família, a Igreja e a determinadas passagens da Bíblia que ele lê. O outro ponto é sua relação com seu irmão mais novo e o último é sua adolescência e Raina, uma garota pela qual ele se apaixona.


O personagem principal é, justamente, o autor da hq. É praticamente uma autobiografia, na qual ele optou pelo formato de quadrinhos. E isso torna a história ainda mais interessante, pois a todo o momento a vontade que dá é de ler e ler e ler, para saber onde o personagem irá parar, se ele conseguira ser feliz, que caminho ele vai seguir.

O romance ilustrado, como é dito numa das primeiras páginas, tem uma ilustração diferente e ao mesmo tempo bem bacana. Em preto e branco, as imagens são bem feitas, com traços se fundindo e se misturando em alguns quadros e outras páginas o branco impera e pouca coisa aparece.


Vencedor de dois prêmios Eisner (melhor escritor/artista e melhor graphic novel) e três prêmios Harvey (melhor cartunista, melhor artista e melhor graphic nolve original) Retalhos é uma obra literária que merece ser linda. Ao final, você vai ficar triste, com a sensação de que leu uma das melhores hq/livro. E isso sim vale a pena.

“...even if temporary.”

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terça-feira, 1 de março de 2011

Coluna Livristica: Maus

“Melhor mesmo esquecer.”


Atrás de memórias, acompanhamos a vida do pai de Art Spiegelman, Vladek. Vemos desde sua adolescência e seu casamento na Polônia antes da Segunda Guerra começar até quando é preso e obrigado a trabalhar em Auschwitz.

Dividido em duas narrativas: o presente, com o filho coletando as memórias do pai para transformar no livro e o passado, com os acontecimentos vividos por Vladek. O autor da obra, Art, utilizou-se dos quadrinhos para narrar a história. E o fato de contar também como a mesma é escrita, isso faz com que Maus flerte com a metalinguagem.


Maus retrata as pessoas como animais, como numa típica fábula, mas nem de longe Maus quer se tornar uma. Poloneses viram porcos, franceses viram sapos, americanos viram cachorros, peixes são os britânicos, ursos são os russos e as renas são os suíços. Nazistas e judeus viram, respectivamente, gatos e ratos, uma alusão muito clara ao caçador e a caça.

Os nazistas comparavam os judeus a ratos, talvez aí o fato de que esses sejam representados como ratos na hq.


A história é toda em preto e branco, com um traço não tão certo, mais tremido, mais rabiscado. E é um tanto quanto simples os personagens, os lugares representados.

(Curiosidades: Maus significa rato em alemão e ganhou o Prêmio Pulitzer.) É uma grande obra de quadrinhos e de literatura. Uma obra biográfica que merece ser conferida.

“...Artie...” 

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Coluna Livrística: Cai o Pano



Cai o Pano é ó último conto de Hercule Poirot, detetive belga e protagonista de diversas obras de Agatha Christie. Cai o Pano é narrado do ponto de vista de Arthur Hastings, grande amigo de Poirot, no mesmo lugar que se deu seu primeiro caso policial: Style Court, Essex. Há uma estranha tensão no ar, já que aquele lugar foi palco, havia muitos anos, de um assassinato.
Os dias se passaram. Foi um período não muito agradável, com um sentimento constante de que alguma coisa estava para acontecer.”
Styles é uma estalagem, onde encontramos vários personagens, que ao longo da trama, você (obcecado) começa a desconfiar. Entre eles há um assassino, um criminoso perfeito que a lei comum não pode apanhar. Poirot então, mesmo em grave estado de saúde, decide investigar o que seria seu último caso.
O desfecho do livro é inesperado, claro. Apesar disso, com a leitura contínua dos seus romances, você começa a perceber certas sutilezas em torno do que ela quer mostrar. E mesmo assim, é dificílimo adivinhar em cheio quem é o assassino e o seu motivo.

Eu tenho orgulho de dizer que não trabalhei esses anos todos com Poirot em vão. Sabia exatamente que precauções tomar.”
Não é o único livro da Agatha que eu recomendo. Na verdade, todos os livros dela têm uma coisa em comum: te deixam tenso. Ainda mais se você gosta de livros policiais, com muita intriga e aquela sensação de “Quem vai morrer agora?”. Não é a toa, por exemplo, que O Caso dos Dez Negrinhos é um dos seus romances mais famosos. O que tem de morte e desconfiança nesse livro é fenomenal. Cai o Pano não fica pra trás, aliás, é diferente de todos os livros que Agatha Christie jamais escreveu.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Coluna Livristica: O Guia de Sobrevivência a Zumbis

“Para os confins da Terra.”


A infestação zumbi é iminente. Mais cedo ou mais tarde, isso irá acontecer. Sabendo disso, Max Brooks criou o livro, para ajudar as pessoas a sobreviver num mundo totalmente tomado por tais criaturas.


O livro não é nada mais que isso. Um grande guia para sobreviver a zumbis. Tem de tudo: locais para se proteger, tipos de proteção para tais lugares, tipos de armas de fogo e armas brancas, tipos de veículos, combates. Enfim, tem de tudo.


E tudo isso é explicado bem tecnicamente, mas sem ficar chato. Há desenhos das armas, o que fazer com cada uma, porque ela é melhor que  outra e porque ela é pior que outra. Além disso, tem também capítulos dedicados a explicação dos tipos de zumbis (o vodu e o de vírus Solanum) e outros dedicados a ataques que aconteceram ao longo dos tempos.


É uma leitura necessária para todos que desejam sobreviver ao grande ataque (que todos sabemos que irá acontecer) dos mortos-vivos. Além de ser essencial, é muito bom e leve de se ler, além de bem cômico.

“Use your head: cut theirs.”


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