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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas - Critica

“Senhores, a Fonte é o prêmio.”


Capitão Jack Sparrow está de volta. Em Londres, ele está tentando resgatar um velho amigo da forca. Mas quando alguns pormenores atrapalham o resgate, Jack fica sabendo que alguém está usando seu nome para recrutar marujos. E ele encontra um antigo romance, Angelica. Pego de supetão, Jack terá que colaborar com Angelica e seu pai, o temido Barba Negra, para chegarem à fonte da juventude. Mas eles não são os únicos atrás da fonte, uma vez que Barbossa e os espanhóis também querem chegar até a fonte, cada qual com seu propósito.


A dupla de roteiristas Terry Rossio e Ted Elliot descartam praticamente todos os personagens da trilogia. Keira Knightley e Orlando Bloom estão fora, aquela dupla de piratas desastrados também. Até o Perola Negra, o navio de Jack Sparrow, mal dá as caras direito. Os únicos que voltam, além de Jack, é o Mr. Gibbs (interpretado por Kevin McNally) e Barbossa (interpretado por Geoffrey Rush).


Todo o resto da turma de piratas é nova. Entra Ian McShane como o temido Barba Negra e a bela Penélope Cruz como Angelica. E juntos com Jack, são eles que conduzem a trama. E com a saída do casal Keira/Orlando, quem entra para preencher a vaga deixada em aberto são Sam Claflin como o religioso Philip e Astrid Berges-Frisbey como a sereia Serena. O problema é que esse casal não convence em momento algum e chega a ser maçante ver as cenas que o amor deles é desenvolvido. Se já nos anteriores a parte com o outro casal era meio entediante, aqui a situação chega a ser pior.


Depois do desastre que foi o longo, longo e confuso terceiro capitulo (No Fim do Mundo), a quarta parte decide dar um reboot na saga e se focar na grande estrela do filme: Johnny Depp e seu carismático Jack Sparrow. Mesmo que suas cenas sejam as melhores do filme, não tem como negar que deixar todo o peso de um longa em apenas um ator seja algo perigoso. E esse filme tropeça nesse aspecto. Todas as demais cenas do filme tornam o mesmo cansativo e sem nenhuma tensão.


Todos estão em busca da Fonte da Juventude, mas em nenhum momento você sente que há realmente uma corrida para chegar à fonte. Os espanhóis, que aparecem bem no comecinho do filme, são ignorados pelo restante do filme para, perto do final, retornarem para um único propósito. É algo que ficou tão mal encaixado na trama que poderia muito bem ter sido deixado de lado.


As cenas de ação então são boas? Algumas sim, outras não. O começo do filme, com o plano de Jack funciona muito bem e é prazeroso assistir como ele faz para conseguir realizar a proeja de escapar dos guardas. Mas tirando essa cena, as demais de ação são bem entediantes e nada empolgantes.


Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas poderia ser um bem vindo reboot à saga. Mas os elementos ruins se sobressaem aos parcos bons momentos e a aventura que deveria ser prazerosa, divertida e empolgante, no final das contas se torna mais longa do realmente parece. Assim como os outros filmes da franquia, vai fazer sucesso (ainda mais por conta do 3D – dispensável) e o público em geral vai amar. Com bastante cenários escuros, sem nada que remeta à trilogia, falta de personagens carismáticos, romance forçado e não crível, cenas de ação desempolgantes, é um filme superior ao terceiro, mas inferior ao primeiro. Irá agradar aos fãs de Capitão Jack Sparrow. Os quais não são minoria.

E prepare sua bandeira, porque um quinto filme muito provavelmente vem aí. E fiquem até os créditos terminarem. Como sempre, há uma cena extra.


“This is the Jack I know.”


Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, Aventura/Ação, EUA 2011. Direção: Rob Marshall. Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Sam Claflin, Astrid Bergés-Frisbey, Kevin McNally, Keith Richards, Oscar Jaenada, Richard Griffiths, Stephen Graham.

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