Translate / Traduza

English French German Spain Italian Portuguese Japanese Chinese Simplified

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Kung Fu Panda 2 - Crítica

“Eu tô com a macaca!”


Depois do sucesso de Kung Fu Panda, de 2008, já era esperada uma continuação. E ela veio. Normalmente tudo costuma ser maior na continuação, mas vejam só: Po emagreceu um pouquinho.

Lorde Shen era um príncipe pavão que queria se tornar rei. Mas ao ouvir a profecia de que seria derrotado por um animal preto e branco, ele ordena a morte de todos os pandas do reino. Seus pais, desapontados com o filho, o banem do reino. Ele vai, mas jura vingança. E ela vem, quando ele cria uma arma de fogo que dispara fogos de artificio. Agora que a China e o kung fu estão em perigo, Po e os Cinco Furiosos terão que impedir Shen.


A trama da história se mostra bem construída e amarrada. Não chega a ser original e brilhantemente trabalhada, mas se mostra competente. O foco é Po, especificamente a origem do panda. É um filme que intercala o presente e o passado de forma bem feita, onde acompanhamos os planos de Sheen e a turma de Po no presente e, através de flashbacks o passado de tudo aquilo.

E esses flashbacks vem em forma de animação tradicional 2D, mas ela é bem estilizada e com a estética asiática dos grandes olhos dos animes. Esses flashbacks contrastam com o presente justamente por conta dessa mudança entre o 3D e o 2D. Esse se mostra um recurso para informar o espectador o que é passado e o que é presente.

A animação 3D também é riquíssima: cheia de detalhes e cores vivas e fortes. Em três anos a tecnologia avançou e isso é visível nos gráficos da animação. Mesmo que os personagens se mantenham iguais ao primeiro olhar, olhando mais detalhadamente é possível observar que minucias foram mais refinadas, como os olhos que expressam ainda mais os sentimentos deles e os pelos agora tem uma textura a mais, para deixar tudo ainda mais bonito. Até a água, o pesadelo de qualquer animador, se mostra muito bem trabalhada e realista, ainda mais quando ela é um elemento fundamental na trama.


O humor continua bem presente. E ao longo de todo o filme qualquer situação (um simples movimento de câmera) pode gerar uma risada. Po batalhando com seu jeito desengonçado e diversas falas dele são bem cômicas. A ação também existe e está bem encaixada com o filme: a cena inicial com a primeira luta do filme é muito bem coreografada e faz uma junção interessante da música com a briga, onde cada soco, cada golpe gera uma nota que vai construindo a música.

Mas não é só de humor que vive a história. Como dito acima, a história é sobre a origem de Po, sobre sua busca pelo seu passado. E esse passado não é tão belo assim. O drama se faz presente nessa parte, com o panda descobrindo seu passado e vendo como sua família e seus iguais sofreram pelas mãos do Lorde Sheen. E junto com essas descobertas, o herói precisa aprender a encontrar sua paz interior.


Como o vilão tendo a cor branca como predominante, a animação abusa do vermelho em sua volta para mostrar que aquele pavão branco realmente é o vilão do filme. Inclusive seus olhos demostram isso. E em contrapartida Po sempre está envolto de alguma cor clara, para contrastar com o vilão e mostrar quem é o mocinho da parada. A câmera também se mostra bem utilizada em algumas situações, como no caso em que ela sobe e o plano aero remete aquele joguinho da cobrinha (de comer pixels) e num outro caso em que é utilizado o raccord para fazer a transição entre a gota d´água e seus movimentos com as lembranças de Po.

Kung Fu Panda é uma animação muito bem construída. Tem humor, tem ação e tem história. E com os três elementos muito bem balanceados. Com um visual de encher os  olhos, Po e os Cinco Furiosos voltam numa continuação que vai além de um simples caça-níquel. É um filme de qualidade.


“Pode ser o fim do kung fu.”


Kung Fu Panda 2, Animação/Comédia/Ação, EUA 2011. Direção: Jennifer Yuh. Elenco: Jack Black, Dustin Hoffman, Gary Oldman, Michelle Yeoh, Danny McBride, Lucy Liu, David Cross, Seth Rogen, Angelina Jolie, Jackie Chan, Jean-Claude Van Damme.

0 comentários:

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More