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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Qualquer Gato Vira-Lata - Crítica

“É o guru ó...”


Vindo de uma peça teatral chamada “Qualquer Gato Vira-Lata tem Vida Sexual mais Sadia que a Nossa”, o filme tenta pegar a formula do sucesso da trama de Juca de Oliveira e transportá-la para as telonas do cinema. Mas será que tal adaptação funciona bem em outra mídia?

Tati é uma mulher que é apaixonada pelo namorado Marcelo. Mas ele só se interessa pela atenção que ganha de todas as garotas que não resistem ao seu charme. E sabendo como a mulher é apaixonada e que faz qualquer coisa por ele, ele abusa. A situação só muda quando, no aniversário dele, ela toma um fora. Chorando e desolada, ela entra numa aula do professor de biologia Conrado, que está falando sobre o fato das mulheres deixarem de serem românticas. No primeiro momento, Tati discorda do professor, mas depois se oferece para ser a cobaia da tese dele. Então ela passa a ser treinada por Conrado para se tornar uma mulher mais valorizada e, ao mesmo tempo, despertar o ciúme no antigo namorado.


O roteiro do filme adaptado por Júlia Spadaccini e Claudia Levay tinha potencial para algo mais profundo e interessante sobre a tese de Conrado e a relação homem/mulher. O problema é que a trama acaba metendo os pés pelas mãos e se torna algo extremamente raso e com um final profundamente previsível. Desde o começo o final já é imaginado, mas nem a forma como ele vai acontecendo é interessante.

Os personagens ainda por cima não contribuem. Rasos e extremamente estereotipados, há desde o galã bon vivant interpretado por um fraco Dudu Azevedo, uma Cléo Pires como uma histérica e sem um bom timing para a comédia e um Malvino Salvador como um professor muito mecânico, quase um robô. O único que parece estar à vontade é Álamo Facó como o amigo Magrão.

A comédia, na maioria das cenas, é algo pastelão e caricata, chegando à vergonha alheia. E na insistência de uma mesma piada diversas vezes. Dá pra dar risada? Dá, mas normalmente será aquela com o cantinho da boca que logo será esquecida.


Os únicos pontos interessantes do filme são duas cenas bem parecidas. Uma do começo e outra no meio em que o plano é dividido e é possível ver planos detalhes (na primeira) que mostram como a personalidade da protagonista é volátil e descontrolada. E a segunda mostra uma conversa de telefone que o espaço de cada personagem vai aumentando ou diminuindo conforme ganha ou perde força na conversa.

Qualquer Gato-Vira Lata é uma daquelas tradicionais comédias românticas. Não trás nada de novo, é previsível do começo ao fim, mas irá agradar ao público menos exigente. Quem está em busca de algo além de gracinha, vai achar o filme bobo e sem graça. E com a validade já datada.


“É Charles Darwin!”


Qualquer Gato Vira-Lata, Comédia/Romance, Brasil 2011. Direção: Tomas Portella. Elenco: Cléo Pires, Dudu Azevedi, Malvino Salvador, Álamo Facó, Rita Guedes.

6 comentários:

Arthur,
Só contribuindo com algumas correções de digitação:
. "algo extremamente raso e de profundamente previsível": deve ter faltado a palavra "final"
. "chegando a vergonha alheia": "à"
. "conforme vai sendo ganha ou perda": eu entendi, mas confesso que ficou um pouco confuso aqui.
. "Mas que está em busca": Deve ser "quem" no lugar de "que". E eu tiraria o "Mas", uma vez que já há um "mas" na frase anterior.
abs,
LuiZ

Luiz, obrigado pelos toques. Já corrigi :)

Discordo totalmente da sua opinião,assisti o filme e rí quase que o filme todo,muito legal o filme.

Vi apenas o trailer desse filme, mas nem quero ver. Não só por causa dessa crítica sua, Artur, mas por causa da óbvia semelhança com A Verdade Nua e Crua, de 2009(se não me engano)... Acho que se eu tivesse lido uma crítica desse último, seria quase igual.
Puxa, escrevi muito, hehe :D
Beijo
Maria

Também discordo totalmente da sua opinião !

assisti hoje, e achei mto bom. ru bastante

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