As Melhores Coisas do Mundo

“O meu pai é viado”

A cineasta Laís Bodanzky entrega a história de Mano (Francisco Miguez), um adolescente de 15 anos. E como todo garoto dessa idade,  os dilemas que vem com ela: perda da virgindade, o amor que não é correspondido, procurar um lugar pra ser aceito. E tudo isso mais fato de seus pais (Zé Carlos Machado e Denise Fraga) estarem se separando.

O filme já ganha muito por simplesmente fugir dos típicos filmes nacionais, que são ora baseados em favela, bandido e crimes, ora comédias românticas engraçadinhas. Ao usar adolescentes e seus conflitos como plano de fundo, o filme se destaca. Ele procura falar de conflitos, pensamentos que permeiam essa idade. O filme poderia ser passar em qualquer lugar do mundo, que esses dilemas se manteriam.

O elenco também convence. Você acha natural a forma como eles conversam, as palavras, os palavrões, enfim, a forma como se tratam. Isso torna o filme mais crível ainda.  Mano passa seus pensamentos, seus sentimentos para o expectador naturalmente, e se você for adolescente, irá se identificar com o que se passa na tela.

A trilha sonora é outro caso a parte. Dá gosto de ouvir as músicas tocando, em especial a Something, dos Beatles. Afinal ,é bem mais corajoso utilizar uma música antiga do que se entregar ao hits com prazo de validade já vencido hoje em dia.

As Melhores Coisas do Mundo desponta como um dos melhores filmes nacionais do ano, quiçá, de todos que eu já vi. É um relato verdadeiro e sincero de uma década. Não custa dar uma chance para o filme.

“Estou completamente apaixonado por um paradoxo.”

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