Um Parto de Viagem

“Azul.”

Peter é um homem que está prestes a se tornar pai pela primeira vez. Para isso, ele tem que chegar em L.A., onde se encontra sua mulher. Mas por uma série de acontecimentos, ele se vê obrigado a atravessar o país de carro, na companhia de Ethan, um aspirante a ator um tanto quanto diferente.

Esse tipo de comédia é que faz falta nos cinemas: sem respeitar muito o politicamente correto, com boas tiradas, engraçadas, e não fazendo graça em cima de coisas que estão na moda ou soltando um peidinho para fazer graça. Aqui as situações são engraçadas.

Essas situações, aliás, são bem engraçadas e beiram o improvável. Não chegam a ser que nem as mostradas em “Se Beber Não Case” (do mesmo diretor desse filme: Todd Phillips). Carro voando, palavras que não deveriam ser ditas em aviões. Enfim, é bem engraçado.

O filme é feito parecendo com “Antes Só do que Mal Acompanhado”, uma vez que ambos têm um duas pessoas diferentes, as quais não se batem (ou pelo menos uma delas detesta o outro),  que necessitam chegar a um ponto, mas, sem poder usarem um avião, tem que pegar um carro e chegar a tempo. Em 1987, John Candy e Steve Martin faziam a dupla, em 2010, ela é interpretada por Robert Downey Jr, e Zach Galifianakis.

A dupla protagonista que gera essas piadas, uma vez que são praticamente opostos: Peter (Robert Downey Jr.) é o homem certinho, que leva sua vida certa, que vive nervoso, mas contem esse nervosismo. Ethan (Zach Galifianakis) é descontrolado, faz o que pensa, mas não porque quer, mas porque acha isso normal. A, e tem o cãozinho Sonny.

Todd Phillips não chega a ser brilhante como no seu filme anterior, mas nem por isso esse filme é ruim. Uma das melhores comédias desse ano. E eu não ligaria de todo ano fosse lançada uma comédia desse diretor, uma vez que elas são sempre ótimas.

“Don´t panic! Don´t panic!”